sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Omeprazol, segunda droga mais consumida no mundo, tem sido mal utilizado e pode ocasionar demência e anemia.



A notícia foi publica em uma das cinco 
revistas médicas de maior prestígio no mundo, 
a "JAMA", que garante, sem dúvida, a autenticidade da publicação.

A segunda droga mais consumida no mundo – depois do paracetamol – comumente usada para problemas gástricos, promove a ocorrência de demência, danos neurológicos e pode também causar anemia. 

O aparecimento de omeprazol,  lembra o presidente da Seção de Medicina de Família e Comunidade da Academia de Ciências Médicas de Bilbao, José Antonio Estévez, foi uma revolução no tratamento de úlceras gástricas e hérnia de hiato. As úlceras são lesões estomacais que geram muita dor e reduzem a qualidade de vida. "Era um drama, embora o maior avanço foi mesmo no tratamento da hérnia hiatal. Eu vi muitas pessoas, incluindo jovens, que chegaram a morrer na sala de cirurgia porque o procedimento era muito invasivo", lembra Estevez.


Resultados bons, mas vamos com calma...

Os resultados obtidos com a droga têm sido tão bons nesses anos que muitos médicos começaram a prescrevê-la de forma inadequada para a prevenção  “principalmente dessas doenças, mas também de outras, como acidez estomacal”, diz Estevez.
A organização Kaiser Permanente, provedor de serviços nos Estados Unidos e referência mundial no manejo sanitário decidiu avaliar os riscos para a saúde do uso a longo prazo desta droga; e os resultados do estudo foi publicado na revista da Associação Médica Americana, por sua sigla em Inglês, "JAMA".
Os investigadores descobriram que a ingestão prolongada de omeprazol provoca falta de vitamina B12 (cobalamina),  essencial para o crescimento da pessoa e essencial para o desenvolvimento normal do sistema nervoso. “Uma dieta equilibrada permite a obtenção desta vitamina, na carne, especialmente, mas também em peixes, leite e fígado. No entanto, muitas pessoas mais velhas têm deficiência de vitamina B12, que se manifesta pelo aparecimento de fadiga, cansaço, diarreia ou feridas na boca”.
O conselho médico
A Kaiser Permanente decidiu fazer estudo mais amplo para resultados mais definitivos. Reuniu 25.956 pacientes com deficiência de vitamina B12 e comparados com outras 184.199 pessoas sem este transtorno e seguiu, por quatro anos – entre 1997 e 2011 – e os resultados não deixaram dúvidas.  O composto anula a necessidade para a absorção de vitamina B12 e de ácido gástrico o que favorece o aparecimento de demências, anemia e dano neurológico.
 Entre 10% e 15% dos idosos têm deficiência de cobalamina. Comparando os dois grupos de estudo foi a de que 65% das pessoas que tomaram omeprazol por dois ou mais anos tinham um risco aumentado de deficiência de vitamina. 1,5 a tomar os comprimidos diariamente implica um risco de 95% de faltas.
"Agora, os médicos têm de refletir sobre como prescrevê-lo. Deve ser bem escolhidos e ajustar as doses com pausas em seu consumo e utilizar apenas quando se justifique em uso racional e não como terapia preventiva”, diz Estevez.


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