A notícia foi publica em uma das cinco
revistas médicas de
maior prestígio no mundo,
a "JAMA", que garante, sem dúvida, a
autenticidade da publicação.
A segunda droga mais consumida no mundo – depois do
paracetamol – comumente usada para problemas gástricos, promove a
ocorrência de demência, danos neurológicos e pode também causar anemia.
O aparecimento de omeprazol, lembra o presidente da Seção de Medicina de
Família e Comunidade da Academia de Ciências Médicas de Bilbao, José Antonio
Estévez, foi uma revolução no tratamento de úlceras gástricas e hérnia de hiato.
As úlceras são lesões estomacais que geram muita dor e reduzem a qualidade de
vida. "Era um drama, embora o maior avanço foi mesmo no tratamento da hérnia
hiatal. Eu vi muitas pessoas, incluindo jovens, que chegaram a morrer na sala
de cirurgia porque o procedimento era muito invasivo", lembra Estevez.
Resultados bons, mas vamos com calma...
Os resultados obtidos com a droga têm sido tão bons nesses
anos que muitos médicos começaram a prescrevê-la de forma inadequada para a
prevenção “principalmente dessas
doenças, mas também de outras, como acidez estomacal”, diz Estevez.
A organização Kaiser Permanente, provedor de serviços nos
Estados Unidos e referência mundial no manejo sanitário decidiu avaliar os
riscos para a saúde do uso a longo prazo desta droga; e os resultados do estudo
foi publicado na revista da Associação Médica Americana, por sua sigla em
Inglês, "JAMA".
Os investigadores descobriram que a ingestão prolongada de
omeprazol provoca falta de vitamina B12 (cobalamina), essencial para o crescimento da pessoa e
essencial para o desenvolvimento normal do sistema nervoso. “Uma dieta
equilibrada permite a obtenção desta vitamina, na carne, especialmente, mas
também em peixes, leite e fígado. No entanto, muitas pessoas mais velhas têm
deficiência de vitamina B12, que se manifesta pelo aparecimento de fadiga,
cansaço, diarreia ou feridas na boca”.
O conselho médico
A Kaiser Permanente decidiu fazer estudo mais amplo para resultados
mais definitivos. Reuniu 25.956 pacientes com deficiência de vitamina B12 e
comparados com outras 184.199 pessoas sem este transtorno e seguiu, por quatro
anos – entre 1997 e 2011 – e os resultados não deixaram dúvidas. O composto anula a necessidade para a absorção
de vitamina B12 e de ácido gástrico o que favorece o aparecimento de demências,
anemia e dano neurológico.
Entre 10% e 15% dos
idosos têm deficiência de cobalamina. Comparando os dois grupos de estudo foi a
de que 65% das pessoas que tomaram omeprazol por dois ou mais anos tinham um
risco aumentado de deficiência de vitamina. 1,5 a tomar os comprimidos
diariamente implica um risco de 95% de faltas.
"Agora, os médicos têm de refletir sobre como prescrevê-lo.
Deve ser bem escolhidos e ajustar as doses com pausas em seu consumo e utilizar
apenas quando se justifique em uso racional e não como terapia preventiva”, diz
Estevez.
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